quinta-feira, 29 de outubro de 2009

A Raiva


Não existe NADA mais destruidor do que a RAIVA. Ela pode ser mais destruidora do que o próprio ódio, pois quando ela se manifesta, é uma explosão repentina e que não mede consequências. Enquanto o ódio é cultivado lentamente, a raiva chega num turbilhão de reações instintivas, regadas por palavras cruéis, destrutivas e, muitas vezes, conjugadas ao emprego da força física, de extrema agressividade. Sim, instintiva posto que é a parte animalesca do ser humano. É sentir-se invadido e acuado, reagindo de forma impensada, instantânea. Assim como um animal acuado mesmo.


Com o tempo, educação familiar que recebemos, e também através do convívio em sociedade, aprendemos a controlar a raiva e sufocar esse instinto, tendo reações racionais e ponderadas àquilo que de alguma forma nos invade o espaço ou nos incomoda. Aprendemos também que existem LEIS na sociedade que nos punem caso deixemos nossa raiva se manifestar de forma descontrolada. Dessa forma, as pessoas ditas "normais" (sem distúrbios psíquicos) vão por três caminhos: ou a sufocam dentro de si, ou aprendem a controlá-la, ou extravasam mesmo.


Sufocar a raiva pode ser MUITO danoso à sua saúde, sabia? Há pessoas que tem o costume de remoer as coisas dentro de si, guardando a raiva numa espécie de 'reservatório interno', e quando esse 'reservatório' enche, duas formas há dela se manifestar: explosões desmedidas ou doenças no corpo físico. Sim, porque doença na ALMA a pessoa já tem faz tempo, e o que a alma faz é manifestar essa doença no corpo para que exista uma espécie de depuração. A grande maioria das doenças físicas começa na mente, encuba-se na alma e manifesta-se depois no corpo físico. Essa é a ordem. Não vê pessoas que estão em constante contato com vírus e bactérias sem, no entanto, ficarem doentes? Quando os médicos conseguirem abrir suas mentes a entender que o ser humano é uma junção mente-alma-corpo, muitas das doenças poderão ser evitadas ou diagnosticadas em fase incipiente. E a raiva é responsável por um bom número dessas doenças.


Deixar a raiva extravasar na forma de uma explosão repentina é tanto danoso à saúde, quanto às relações sociais, num contexto geral. Na hora de uma explosão a sua descarga de adrenalina é gigantesca, sua circulação sanguínea aumenta muito e seus batimentos cardíacos ficam desgovernados. Se você tiver algum problema cardio-vascular, babáu. Pode sofrer um AVC ou um enfarte. Percebeu a gravidade?


E o que falar, então, sobre as consequências SOCIAIS da explosão de raiva? Você pode perder seu emprego, pode magoar pessoas queridas, pode destruir relacionamentos. Palavras ditas na hora da raiva sempre são carregadas de ressentimentos, de dureza, de crueldade. Não importa se o que você está despejando pra cima da pessoa é a mais pura verdade, você estará despejando da forma ERRADA. E se, aliada a isso, você tem tendência à agressividade e acaba machucando fisicamente o alvo da sua explosão? Pode chegar a matar alguém. Todos os dias vemos em noticiários pessoas que extravasaram a raiva de forma irracional e inconsequente, machucando ou matando outros seres humanos. É ISSO o que você quer para a SUA vida?


Então como aprender a controlar esse sentimento, ainda mais se quando ele se manifesta, ele é tão forte que muitas vezes nos CEGA? Através do auto-conhecimento. Cada ser humano possui um limite muito particular de auto-controle e de reatividade. Se você sabe que possui características como as descritas acima, eu recomendo fortemente uma terapia psicológica com um profissional devidamente habilitado. Outra recomendação é fazer algum esporte. Quando você pratica um esporte, sua carga de adrenalina é utilizada de uma forma muito saudável, direcionando essa carga extra que se acumula quando sentimos raiva ou estamos estressados, ao bem estar físico após uma atividade extenuante. Também recomendo as artes. Artesanato, desenho, tocar algum instrumento, cantar em um coral. São atividades que direcionam essa energia extra a algo criativo e positivo. Ou simplesmente se afastar da pessoa, pedir os famosos 'cinco minutinhos' para refletir sobre o assunto. Vá tomar uma água, dar uma voltinha pelo escritório, ou lavar o rosto. Esse tempinho, que pode parecer ridículo, é PRECIOSO para que você tenha a adrenalina baixada e possa refletir sobre o assunto, retomando o controle dos seus sentimentos.


Um outro toque meu, muito particular: nem tudo o que acontece à sua volta é contra você. Muitas vezes NÃO tem absolutamente NADA contra você. O fato do seu chefe estar mega mau humorado e despejar sua raiva em você, não quer dizer que ele te odeia ou que é um monstro perseguidor. Muitas vezes é somente a situação da empresa que não está boa, ou ainda ele está com problemas particulares e, por um acidente, você estava ali perto dele quando ele teve um deslize e soltou os cachorros justamente sobre você. A mesma coisa com a atendente mal educada da fast-food que te recebeu com pedras na mão. RELEVE. ABSTRAIA. PERDOE. Não tem NADA a ver contigo, na imensa maioria das vezes.


Todos nós cometemos deslizes, todos nós estamos aqui nesse planetinha maluco para aprendermos mais sobre nós mesmos, para que possamos ser sempre seres humanos melhores com os outros e com o planeta. Assim como você gostaria de ser perdoado numa atitude impensada, também releve as atitudes alheias. E NÃO AS ABSORVA. Você possui um escudo muito forte que se chama SINTONIA. Sintonize com o bom humor, a alegria, o bem querer. Se você permanecer na sintonia correta, posso te garantir que sentimentos como a raiva não vão mais fazer parte do seu vocabulário. ;)

domingo, 25 de outubro de 2009

Amor


"O que eu devo esperar de um amor?"


Você já se perguntou isso? Se começou fazendo ESSA pergunta, já começou perguntando errado. Não se espera amor de ninguém. Ele simplesmente acontece ou não, independente da nossa vontade. Um dia uma pessoa olha pra você, acha que você é uma pessoal sensacional e que de repente pode ali estar o amor. E o inverso idem. É algo totalmente espontâneo, não se força, não se manipula. Você pode ter sim achado que aquela pessoa poderia ser sua cara-metade. Mas começou pensando errado de novo. Ninguém é metade de ninguém. Ninguém é capaz de nos fazer feliz a não ser nós mesmos. Você tem que ser INTEIRA para poder compartilhar uma história com outra pessoa INTEIRA. Ninguém é muleta de ninguém. Um relacionamento saudável e feliz para AMBOS é feito de pessoas INTEIRAS que se entregam a um sentimento MÚTUO de admiração, carinho, cumplicidade, afeto, desejo e respeito. Entre outras cositas. É preciso ser desejável, para ser desejado. Respeitável, para ser respeitado. Admirável, para ser admirado. Percebe como TUDO começa DENTRO da gente e é compartilhado com o outro?


A premissa de um relacionamento de verdade é você SER VOCÊ. Não tente, nem de longe, vestir uma máscara, porque o tempo é o senhor da verdade. Ela VAI cair. E quando cair, o outro vai se sentir enganado e a admiração vai para o ralo. Não pense que porque você tem determinado comportamento, que você vai ser uma pessoa mais ou menos admirável. Cada qual com seu cada um. Se você é dominadora, deixe isso explícito desde o princípio. Tem homem que adora isso, ué. É baladeira? Deixe isso claro. É caseira? Conte. Mostre-se de verdade. Sabia que no planeta Terra existem BILHÕES de habitantes? Deixe que universo se encarregue de juntar pessoas adequadas umas às outras. Não force a natureza, okay? ;)


Relacionamento é uma coisa muito complexa. Mesmo as pessoas se amando muito, são dois universos absolutamente diferentes. Foram criações diferentes, em ambientes diferentes, com DNA diferente, com expectativas de vida ímpares. Por mais que se assemelhem em gostos, em religiões, em metas de vida, são pessoas únicas. E sendo pessoas únicas, tem necessidades pessoais diferentes a serem respeitadas. E no que consiste respeitar essas necessidades pessoais? Deixar a pessoa fazer aquilo o que ela quer e precisa. Isso serve para ambos. Estou falando de hábitos saudáveis, parte da individualidade, não de coisas absurdas. Se seu par gosta de fazer um happy-hour com o pessoal do trabalho, ou jogar seu futebolzinho, deixe ir. À vontade. Agora, se ele gosta de atolar o pé na jaca toda vez que faz isso, já entra no absurdo. Se ele esquece de jogar a roupa no cesto de roupa suja, é tolerável, ao passo que se ele larga meia suja pendurada no lustre, entra no absurdo. Percebe a diferença? Certas coisas são contornáveis no dia a dia, outras não. E isso, o contornável, com o DIÁLOGO pode levar a um entendimento mútuo.


Mas, e se o que se pensou fosse amor, ACABA? Olha, existe aí uma pegadinha. Pode não ter sido amor, ou você ou a outra pessoa mudaram e deixaram de se admirar por uma ou mais razões, ou pode ser apenas uma crise temporária. Como distinguir exatamente o que está se passando, é que são elas. É necessário muito auto-conhecimento, conhecimento da relação, e análise das situações que levaram àquilo. Ponderação, calma e diálogo. Não se joga uma história a dois pela janela por conta da primeira bobagem. Não se descartam pessoas como algo que não nos serve mais. É preciso acima de tudo muita maturidade para se colocar um ponto final em uma relação, sem que se corra o risco de se arrepender depois. Porque depois do adeus, colega, pra alguns é ADEUS MESMO. E aí babáu, já era, chore litros que o outro não volta. E te resta o arrependimento, que é um sentimento destruidor.


E se vocês continuam se amando, mas simplesmente percebem que não dá mais para levar aquela relação adiante, por não estar sendo saudável para nenhum dos dois, ou ainda porque em algum ponto da relação os pontos de vista ou anseios divergiram e vocês não estão mais olhando pra mesma direção juntos? DESPRENDIMENTO. Essa é a palavra-chave. Não prenda. Solte. Não se prenda. Se solte. Deixe o universo seguir seu fluxo, determinar o destino. Algumas relações de admiração e carinho permanecem eternas, sem que, no entanto, aquelas pessoas estejam vivendo um relacionamento íntimo. Eu mesma já vivenciei isso. Simplesmente soltei, deixei ir. Não estávamos na mesma direção, mas minha admiração pelo rapaz não mudou uma vírgula. Só compreendi que ALI não estava uma relação que seria feliz pra AMBOS... e soltei. Se sofro por isso? NEM UM POUCO. Quero, de todo o meu coração, que ele constitua família e seja feliz pra sempre. Assim como eu também mantenho esse sonho dentro de mim, de ter a minha família, meu marido, meus filhos, meus bichinhos e um lar feliz! ;)


Mas e se você foi "deixada"? Filha, se descabelar, chorar, espernear, entrar em depressão NÃO vai trazer o outro de volta. Esqueça. Acabou, acabou. Não fique nessa de "ah, mas pode ser que ele se arrependa", porque ele pode NÃO se arrepender e você estará ainda aí, presa a uma história que não é mais a sua. LIBERTE. Perceba que isso aconteceu não porque você é um lixo de pessoa, mas sim porque esse relacionamento não era adequado a AMBOS, só que ELE percebeu mais rápido isso, entendeu? Confie... mais pra frente você vai dar graças a Deus por ele ter colocado um ponto final. A vida reserva cada surpresa... ;)


Quem AMA de verdade, não prende. SOLTA. E deixa que o universo determine o que tem de ser. E a sua parte é continuar sendo plena, sendo inteira, sendo feliz focando em coisas que LHE façam bem. Felicidade atrai coisas boas, plenitude encanta. Pode ter CERTEZA de que o universo lhe reserva ótimas surpresas pelo caminho quando você é inteira e verdadeira consigo mesma. SEJA. Permaneça sendo uma pessoa de caráter, voltada ao bem, levando a vida com alegria, focando sua vida em coisas que LHE façam feliz. Quem cuida bem do próprio jardim, só tem a receber muitos lindos passarinhos e borboletas! ;)

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Sonhos que se sonham...


Você certamente tem sonhos. Não, não estou falando daqueles que se sonham dormindo. Tô falando claramente dos que se sonham acordado. Quando criança você sonhou ser um super herói, bombeiro, modelo, policial, uma personagem literária, um político que resolvesse os problemas do planeta, ou ainda sonhou em ser professor e ensinar coisas bacanas às crianças. Talvez tenha sonhado em viajar pelo mundo, conhecendo culturas diferentes, ou em simplesmente ser feliz como uma dona de casa, mãe, ou um trabalhador honesto que pudesse sustentar a família com dignidade. Seja lá o que você tenha sonhado um dia, sonhou.


E agora, adulto, você sonha com algo? Existe algo dentro do seu coração que você deseja ardentemente, que te impulsiona a viver com alegria? Não? Amigo, MORRESTE. Falta só a pá de cal. Como assiiiiiiiiiiim, não tem UM sonhozinho dentro de si? PRECISA. O ser humano precisa ter um refúgio em meio ao caos desse mundo maluco, e esse refúgio é seu sonho. Não importa o quão absurdo seu sonho seja, o quão grandioso e impossível ele possa parecer, você precisa dele. Psicólogos são enfáticos quando nos orientam em jamais deixar de sonhar, de ter devaneios. Eles são parte do descanso da nossa alma.


Não estou falando em se iludir, é diferente. Nós sabemos quais sonhos são realizáveis e quais não são. Eu, por exemplo, sempre sonhei em ser uma cantora de sucesso, vocalista de uma banda de rock. Sei que sou até afinadinha, mas nao vou me iludir achando que aos 35 anos vai cair um empresário doido na minha chaminé (que nem tenho) e dizer "Olá, você será a nova vocalista do Evanescence!". DÃÃÃÃÃ, não né! Nem tampouco vou correr atrás disso, uma porque tô meio velhinha já pra esse sonho, e outra porque provavelmente eu afundaria a banda... hahahahaha. Mas quem disse que de vez em quando eu não dou uma surtadinha em casa ou num karaokê? Ah, eu não tenho vergonha alguma em admitir que desde criança e até hoje de vez em quando boto uma música pra tocar, pego uma escova de cabelo, faço ela de microfone, vou pra frente do espelho e mando brasa cantando. E daí? Momento sem-noção que me faz um bem danado, ADORO! =)


O sonho é seu refúgio, lembre-se disso. Claro que precisamos ter METAS concretas, óbvio, isso é essencial para a vida prática no mundo real. Mas seu coração precisa de descanso, precisa sorrir. Se você tem sonhos realizáveis, vá atrás. Não fique parado. Trace metas, trace o caminho para chegar até esse objetivo e, uma vez alcançado o sonho, tenha outro sonho MAIOR. Não é porque realizou, que deve matar sua capacidade de sonhar, muito pelo contrário. Se você já provou para a vida ser capaz de chegar onde quer, tem mais é que alçar voos mais altos. Porém, se seu sonho é algo extremamente distante e impossível, mantenha foco no que é possível, mas cultive esse sonho dentro de si e corra para ele de vez em quando. Será sempre seu porto seguro, pois ninguém pode tirá-lo de dentro de você. É SEU. Não se paga imposto por sonhar, não se presta satisfações aos outros pelos seus sonhos pessoais. São SEUS. Pessoais e intransferíveis. Devaneie com gosto! ;)


SONHE! Faz um bem danado, a pele fica viçosa, seu sorriso mais brilhante, suas atitudes são mais agradáveis, sua alma expande uma energia deliciosa. Você é mais agradável quando sonha. Lembre-se sempre disso! ;)

sábado, 17 de outubro de 2009

A Gipsy foi brincar com o Irineu...




UPDATE EM 19/10: A Gipsy foi embora, fazer companhia à Catarina, Tess, João e Irineu. Nosso gatil está triste hoje, sem a pequena encrenqueira, que batia em todo mundo, mas também sabia ser muito doce. O coração vai ficando meio vazio... =\






Bianca e Fred cuidando da Gipsy na sexta, 16/10. Solidariedade animal. Os seres humanos deviam aprender com eles o que é ser de fato solidário! 


Vai com Deus, pequenina! ='(



terça-feira, 13 de outubro de 2009

Irineu no Céu dos Gatinhos...

Tô aqui sem fala até. O Irineu, gatão da Cora, se foi ontem. Infelizmente perdeu a batalha contra a Leucemia Felina. Cora, meus mais profundos sentimentos de solidariedade a vocês, pois sei o que é perder um dos "filhos" e o quanto dói. Fiquem com Deus!





Vai com Deus, menino bonito! ='(

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Salve, Minha Santa!




Só a Senhora pra iluminar nosso caminho!
Viva Nossa Senhora de Aparecida!




quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Nossos AMIGOS, os animais!


O post de hoje tem homenageados: Cora Rónai e Irineu. O gatão da Cora tá passando por um problema de saúde, mas temos fé, MUITA FÉ de que ele, guerreiro que é, conseguirá superar tudo isso e ficará saudável. ;)


Minha relação com os animais começou muito cedo. Ao que me lembre aos 3 anos de idade. Primeiro foi uma tartaruga. Sinceramente não lembro se a tartaruga já estava lá na casa da minha avó quando nasci, ou se foi comprada depois, mas fato é que tínhamos uma. E os pintinhos. Tadinha, eu infernizava TANTO minha avó na feira, que ela acabava comprando dois ou três de cada vez. Não dava um mês, lá estava eu chorando, pedindo uma caixa de sapatos pra fazer o funeral deles. Foi com eles o meu primeiro contato com a morte.


Depois dos 5 anos dei um tempo nos funerais dos pintinhos e resolvi ter um cachorro. Estava passando férias na casa de uma tia, quando descambei pela rua para salvar um filhotinho de cachorro, um pretinho bem imundinho, que estava prestes a ser atropelado por um carro. Me enfiei na frente do carro e salvei o pretinho. Nem preciso dizer que minha tia quase infartou no meio da rua...rs. Pois bati o pé, fiz escândalo e consegui convencer todo mundo de que aquele cachorro era MEU, já que eu o havia salvado. Dei a ele o objetivo nome de Preto.


O Preto foi meu primeiro companheiro de aventuras. Adorava soltá-lo no quintal quando não tinha ninguém olhando. E rolávamos muito naquele cimentão. Houve um dia em que eu de fato rolei. Escada abaixo. Minha avó tinha ido à padaria, na esquina, e rolei escada abaixo, até onde o Preto ficava. Fiquei desmaiada, com um corte no alto do nariz, sangrando muito. O Preto arrebentou a corrente e ficou lambendo meu ferimento e latindo feito doido, para chamar a atenção dos vizinhos. Até que a Dona Emília, pelo muro, me viu caída e mandou o marido pular, me pegar e me acudir. Minha avó chegou logo depois. Meu primeiro grande herói, o Preto. Morou com minha avó até morrer de velhice, quando eu tinha uns 18 anos. Eu estava morando com minha mãe em apartamento há anos e não dava para levá-lo comigo, mas sempre que eu ía à minha avó, fazia muita festa. Saudade dele!



Morando com minha mamis em apartamento, começamos nossa criação de gatos, quando eu tinha uns 10 anos. A primeira foi a Melina. Logo depois compramos a Susy e adotamos a Nêga. Em seguida adotamos a She-Ra e o João. E fomos adotando, e adotando, e adotando. Era um Deus nos acuda entrar em apartamento novo com aquela gataiada toda sem que síndico ou porteiro percebessem, pois dizíamos que tínhamos só três gatos, quando na verdade estávamos com oito já. Mas sempre foram muito calminhos, então quase não miavam. E sempre fomos muito chatas com limpeza, então não ficava "cheirando a gato" o apartamento. Quem tem gato sabe que aquele xixi fede que é uma coisa, e precisa limpar sempre a areia.


Não consigo entender COMO existe gente que gosta de cachorro e não gosta de gato. Pra mim é a mesma coisa que ser racista. Gato é tão bicho quanto cachorro, só que a maioria não fica de chamego o tempo todo com os donos. São mais independentes, sim. Traiçoeiros, não. Quem tem gato SABE qual é a hora que o chamego vira incômodo. O gato demonstra isso muito claramente. Ou ele se afasta, ou ele começa a mexer muito com o rabo. Não tem erro. Nessa hora, pare de fazer carinho e deixe o gato em paz. Ele tem o direito, como você, de querer ir fazer outra coisa.



Depois que me casei, ganhei um cachorro. Sentei-me no chão da petshop e mandei a moça soltar a bicharada. E de repente uma bolinha de pelos marrom começou a me escalar, até chegar ao meu rosto e me lamber freneticamente. Pronto, eu estava escolhida. Confesso que não queria um poodle, porque sei da fama de ciumento. Mas não houve jeito, um poodle me escolheu, tava escolhida. Como ele era muito peludo, marrom, e eu era fã de Star Wars, dei a ele o nome de Chewie, diminutivo de Chewbacca, um dos personagens da série. Nos primeiros dias no meu apartamento eu descobri que esse pequenino estava doente, com ancilostomose e toxocaríase. Ambos matam. E, de fato, quase que o pequenino Chewie morreu. Durante 30 dias fez um tratamento intenso e dolorido, com duas injeções, que aprendi a dar, por dia.


Desde pequeno esse cão me deu trabalho. Como eu passava o dia fora trabalhando, quando eu voltava descobria alguma coisa na casa roída, moída, despedaçada, urinada, bagunçada. Tadinho, mas eu dei tanta bronca nesse serzinho...rs. Não tinha UM sapato alto meu que não estivesse com as palmilhas e saltos roídos. Até PAREDE ele roía. Mas dali a meia hora ele aparecia com aquela carinha de "mãe, me desculpa" e a braveza desaparecia. Me separei, ele foi embora comigo e continuamos vivendo muito bem, até que entrei em depressão. Esse cachorro me salvou de fazer uma besteira. A simples EXISTÊNCIA dele na minha vida me impedia de atentar contra ela. Com quem ficaria o meu amor? Não, eu preciso viver, ele precisa de mim. E assim, sem querer, ele me salvou. E continua me salvando todos os dias, embora ele não saiba disso. ;)



Por conta da depressão nós fomos morar com minha mãe e os onze gatos dela. A adaptação foi complicada, ele tomou algumas surras dos gatos, até que nos mudamos e construímos um gatil na casa, para os gatos ficarem mais à vontade sem o Chewie empolgado correndo atrás deles pra brincar. Aliás, ele NUNCA quis machucar os gatos, sempre brincar. Mas é muito estabanado... e os gatos meio impacientes com a estabanação dele... rs. Nessa época adotamos a Thelma e a Louise, duas cachorrinhas que apareceram no bairro perdidas, juntas sempre. Ninguém atendeu aos cartazes que coloquei, com foto delas, dizendo que foram encontradas, então conosco ambas ficaram.


Aos poucos alguns gatos foram morrendo, uns por velhice, outros por doenças tristes, como a Catarina e a Tess, que morreram recentemente com doenças silenciosas e fulminantes. O Chewie quase se foi prematuramente três vezes já. Uma quando era pequeno, depois teve uma insuficiência renal brava e outra quando operou a orelha de um oto-hematoma e teve uma parada respiratória. Mas o bichinho é muito guerreiro, superou todas e viverá muitos anos, com a graça de Deus. A Thelma já superou também uma parada cardio-respiratória por uma complicação de pancreatite. Se não fosse um vídeo que eu havia visto no YouTube, sobre manobra de ressucitação em animais, ela teria ido. Salvei na hora certa. Ainda está em tratamento, mas infinitamente melhor.


Hoje temos sete gatos e três cachorros. A Thelma e a Louise vivem botando o empolgado do Chewie pra correr, batem nele. E ele nunca reagiu e até gosta delas. Alguns gatos mais mansos eu deixo brincar com o Chewie de vez em quando, como o Fred e o Gaspar. Eles se adoram. Meu quarto vira uma baguncinha deliciosa. Vivemos numa casa FELIZ, pois temos essas abençoadas criaturinhas nos alegrando todos os dias, apesar das dificuldades da vida. São nosso contraponto, nosso lado bom em meio ao caos, à luta.





UFA... post longo, né? Mas foi para mostrar para vocês um pouco de mim, um pouco da minha paixão imensa pelos animais. Eles são sinceros, são carinhosos, são LEAIS. Quem ainda não teve a oportunidade de ter animais, deveria conhecê-los mais de perto. PORÉM, a posse RESPONSÁVEL de animais é PRIMORDIAL. Os bichos ficam doentes, ficam velhos, dão trabalho para limpar, dão gastos imensos e nos limitam no quesito viagens. Mas COMPENSA. Cada olharzinho daqueles COMPENSA TUDO. Cada carinho que recebemos nos faz esquecer dos problemas da vida. Cada lambida é uma enorme demonstração de carinho, gratidão e amor.


Se você quer ter animais, saiba que precisam de carinho, atenção, vacinas, vermífugos, água sempre fresca, comida de boa qualidade, limpeza no seu local de convívio, de um ambiente seguro e protegido. Saiba que eles sentem dor, sentem tristeza, sentem saudade, sentem raiva. Mas também sentem MUITA alegria de ter um dono responsável, carinhoso e atencioso. Seu cão ou gato será do jeito que VOCÊ O TRATAR.


Seja um bom dono. Seja um bom amigo do seu melhor amigo! ;)


P.S.: A bolinha de pelos marrom desbotou e o Chewie ficou "champanhe" depois de adulto. Chique, né? =D


UPDATE EM 12/10: Irineu teve de partir, mas nos deixou seu carinho! ='(

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Pequeno balancete da vida


Nessas minhas andanças todas pela vida, andanças pelo Orkut, Twitter, Blog e contatos de trabalho eu conheci MUITA gente. Quando digo MUITA gente, não estou sendo exagerada. Desde pequena, morando de aluguel, minha família se mudou por muitos bairros de São Paulo, me mudei inclusive por algumas cidades e até para outro Estado. Me habituei desde cedo à impermanência, à rotatividade nos relacionamentos pessoais. Me acostumei a dar adeus a pessoas queridas. Aprendi desde cedo que as pessoas vem e vão pela nossa história pessoal.


Tive melhores amigas daquelas de não desgrudar o dia todo, tive inimigos de escola que me perseguiam por me destacar em algum aspecto no qual eles não conseguiam êxito, tive apaixonites agudas a cada mês por algum menino do colégio. Apaixonites que morriam com a velocidade da desilusão. Tive professores amados, outros profundamente detestados ou temidos, alguns mestres dos quais me recordo com carinho até hoje. Tive também padrasto odiado, padrasto amado e padrasto incompreendido. Tive namorados ótimos, namorados imbecis, namorados sem atrativos. Fui casada com um homem muito bom, mas não estávamos destinados a viver juntos. Tive famílias 'emprestadas' por Deus por alguns anos, e que com as separações, se foram. Morei em lugares bacanas, lugares perigosos, lugares sensacionais.


Muita gente, de alguma forma, passou por mim. E eu passei por elas. Olhando hoje para trás, num exercício de balanço interno, vejo que deixei por aí no mundo boa semeadura. Se tenho hoje quatro ou cinco pessoas que me odeiam aberta e declaradamente (sim, porque as dissimuladas fica difícil contabilizar), dessas milhares que conheci, penso que estou dentro de uma boa estatística. Gostaria que esse número fosse zero, porém nem Jesus Cristo agradou a todos, como EU, pequenina que sou, poderia ser unanimidade? Impossível e seria uma pretensão absurda de minha parte querer tanto. Nem DEUS é unanimidade, vide os ateus.


Hahahahaha... fiquem tranquilos, esse não é nenhum post-despedida, porque eu já disse que vou morrer velhinha, numa cama quente, aos 98 anos. Foi apenas um balancete interno, um momento de reflexão, para ver se eu errei ou acertei mais em meus relacionamentos pessoais. Com um sorriso no rosto posso afirmar que estou indo pelo caminho certo. Se muito errei, não foi com as pessoas. E essa constatação muito me alegra. Demonstra que eu soube respeitar o outro. Que eu soube compreender o outro. E que soube também me posicionar.


Estou numa fase de minha vida onde preciso analisar exatamente ONDE eu errei, para que eu possa consertar e criar uma nova perspectiva de vida. No momento não estou trabalhando formalmente, então preciso definir objetivos muito claros e perseguí-los fortemente. Essa é minha meta agora: me organizar profissionalmente. Tudo o que vier junto, será uma grata surpresa, mas meu foco agora é trabalho, trabalho, trabalho. Outro foco é cuidar da minha mãe. Fazer com que ela tenha uma velhice confortável e segura.


Então vamos lá. Se com pessoas não errei tanto, muito me alegra perceber isso. Às pessoas com as quais errei, eu digo: "Me perdoem, não sou perfeita. Se houver uma forma de eu consertar isso, por favor me digam!". Dentro das minhas possibilidades humanas, creiam-me que tentarei.


Bóra... cabeça erguida, Katz, que você tem ainda MUITO trabalho e MUITA vida pela frente, se Deus permitir! ;)

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

YES, WE CRÉU


Fonte da foto: G1


É isso aí. Agora o Brasil vai sediar Copa em 2014, vai sediar as Olimpíadas em 2016. E a sede no nordeste permanece a mesma. As favelas e o tráfico no Rio de Janeiro idem. A violência, a fome, o desemprego, a falta de saúde, a CORRUPÇÃO, tudo permanece igual, ou pior. Mas seremos sede de Copa e Olimpíadas. Como sempre, "pão e circo" vencem.


Aliás, no Twitter está uma grande festa, uma grande balbúrdia, da qual eu mesma participei brincando bastante, colocando o nosso slogan YES WE CRÉU em primeiro lugar nos Trending Topics. Não vou dizer que não comemorei, muito pelo contrário, comemorei BASTANTE, afinal isso gera empregos, gera investimentos em infraestrutura, gera turismo. Porém, MUITO me preocupa como esse dinheiro será usado. Pra quem não se lembra, o orçamento para o Panamericano no Rio de Janeiro em 2007 era de US$ 225 milhões. E gastaram cerca de US$ 2 BILHÕES. Agora dizem que o orçamento prévio para as Olimpíadas é de US$ 14 BILHÕES. Vamos ver QUANTO vai ser gasto. E quanto será superfaturado e desviado. Penso que seria mais inteligente já UNIR os investimentos dos dois eventos, Copa e Olimpíadas, num orçamento cooperativo, não? Afinal Rio de Janeiro será também cidade da Copa e um estádio de futebol bem planejado tem pista de corrida e outras estruturas voltadas aos eventos de Atletismo. Já se matam dois coelhos num investimento só.


Sinceramente parabenizo o Brasil por essa conquista. Parabenizo aqueles que terão empregos gerados por esses eventos. Parabenizo os atletas que terão melhores salários, alojamentos e incentivos. Parabenizo também o povo, que terá a oportunidade de ver de perto atletas de renome, eventos esportivos de grande importância e brilhantismo.


Mas temos que escolher com GIGANTE cautela os nossos governantes doravante. Pois quem estiver no poder daqui por diante tem INCOMENSURÁVEL responsabilidade de fazer a coisa MUITO BEM FEITA, de fazer a máquina funcionar a favor de todos, e não somente a favor dos seus bolsos.


Por isso, leitores amigos: VOTEM COM MUITA CONSCIÊNCIA e RESPONSABILIDADE daqui por diante. O dinheiro que será usado em tudo isso é o meu, o seu. São nossos impostos. Pensem bem e não façam nenhuma bobagem, okay! ;)


Bóra ser otimista e comemorar então, Brasil-sil-sil! \o/


quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Feliz Dia da Secretária... ATRASADO!


Casa de ferreiro, espeto é de pau. Me esqueci de parabenizar aqui as queridas colegas Secretárias!


Pra compensar, lá vai um vídeo do filme "Uma Secretária de Futuro".


Ai ai, um chefe Harrison Ford na minha vida... hihihi!


Meu desejo a todas as Secretárias é de um trabalho digno, feliz, desafiador e um chefe que não seja um ditador! ;)