segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Pequeno balancete da vida


Nessas minhas andanças todas pela vida, andanças pelo Orkut, Twitter, Blog e contatos de trabalho eu conheci MUITA gente. Quando digo MUITA gente, não estou sendo exagerada. Desde pequena, morando de aluguel, minha família se mudou por muitos bairros de São Paulo, me mudei inclusive por algumas cidades e até para outro Estado. Me habituei desde cedo à impermanência, à rotatividade nos relacionamentos pessoais. Me acostumei a dar adeus a pessoas queridas. Aprendi desde cedo que as pessoas vem e vão pela nossa história pessoal.


Tive melhores amigas daquelas de não desgrudar o dia todo, tive inimigos de escola que me perseguiam por me destacar em algum aspecto no qual eles não conseguiam êxito, tive apaixonites agudas a cada mês por algum menino do colégio. Apaixonites que morriam com a velocidade da desilusão. Tive professores amados, outros profundamente detestados ou temidos, alguns mestres dos quais me recordo com carinho até hoje. Tive também padrasto odiado, padrasto amado e padrasto incompreendido. Tive namorados ótimos, namorados imbecis, namorados sem atrativos. Fui casada com um homem muito bom, mas não estávamos destinados a viver juntos. Tive famílias 'emprestadas' por Deus por alguns anos, e que com as separações, se foram. Morei em lugares bacanas, lugares perigosos, lugares sensacionais.


Muita gente, de alguma forma, passou por mim. E eu passei por elas. Olhando hoje para trás, num exercício de balanço interno, vejo que deixei por aí no mundo boa semeadura. Se tenho hoje quatro ou cinco pessoas que me odeiam aberta e declaradamente (sim, porque as dissimuladas fica difícil contabilizar), dessas milhares que conheci, penso que estou dentro de uma boa estatística. Gostaria que esse número fosse zero, porém nem Jesus Cristo agradou a todos, como EU, pequenina que sou, poderia ser unanimidade? Impossível e seria uma pretensão absurda de minha parte querer tanto. Nem DEUS é unanimidade, vide os ateus.


Hahahahaha... fiquem tranquilos, esse não é nenhum post-despedida, porque eu já disse que vou morrer velhinha, numa cama quente, aos 98 anos. Foi apenas um balancete interno, um momento de reflexão, para ver se eu errei ou acertei mais em meus relacionamentos pessoais. Com um sorriso no rosto posso afirmar que estou indo pelo caminho certo. Se muito errei, não foi com as pessoas. E essa constatação muito me alegra. Demonstra que eu soube respeitar o outro. Que eu soube compreender o outro. E que soube também me posicionar.


Estou numa fase de minha vida onde preciso analisar exatamente ONDE eu errei, para que eu possa consertar e criar uma nova perspectiva de vida. No momento não estou trabalhando formalmente, então preciso definir objetivos muito claros e perseguí-los fortemente. Essa é minha meta agora: me organizar profissionalmente. Tudo o que vier junto, será uma grata surpresa, mas meu foco agora é trabalho, trabalho, trabalho. Outro foco é cuidar da minha mãe. Fazer com que ela tenha uma velhice confortável e segura.


Então vamos lá. Se com pessoas não errei tanto, muito me alegra perceber isso. Às pessoas com as quais errei, eu digo: "Me perdoem, não sou perfeita. Se houver uma forma de eu consertar isso, por favor me digam!". Dentro das minhas possibilidades humanas, creiam-me que tentarei.


Bóra... cabeça erguida, Katz, que você tem ainda MUITO trabalho e MUITA vida pela frente, se Deus permitir! ;)

Nenhum comentário: